É triste como a vida acaba como começa. Em 'O Curioso Caso de Benjamin Button' (The Curious Case of Benjamin Button) isso já ficou bem ilustrado, mas nada como sentir na pele.
Tenho uma tia-avó que infelizmente (ou felizmente?) está "internada" em um asilo. Como por enquanto sou office-boy da família, foi-me atribuído a tarefa de ser chauffeur da minha avó. A irmã dela é a vítima do post de hoje.
Agraciada com um filho com retardo mental (isso não é ofensivo, observe), ela não consegue cuidar de si mesma mais. Atualmente usa fralda geriátrica e baba quando vai comer por não ter mais dentes. O lugar que ela vive é um dos melhorzinhos por aí, é vinculado com os senhores 'Rotary Club', 'Lions Club' e dona Prefeitura.
Por mais que seja um local confiável, o fedor de idosos e o aspecto velho te envelhecem e tocam o coração ao mesmo tempo. Pelomenos para as pessoas comuns.
Pra mim, ficar preso dentro de uma propriedade que não é sua casa, que não se pode decidir o que fazer e quando fazer, não é vida. Se eu chegar à esse ponto deixo bem instruido minha familia (filhos talvez) de que me matem.
Afinal, do que serve a aposentadoria se não podemos pegar filas preferenciais (apesar de termos o dia todo), resmungar em todo lugar, pegar ônibus só pra descer um ponto depois e fazer amigos em qualquer lugar?
Tchüss
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